Juros cada vez mais baixos favorecem compra de imóveis
31/10/2020
O cenário de incerteza provocado pela pandemia gerou um movimento interessante para quem planeja comprar um imóvel novo.
Com a desaceleração da economia gerada pelo distanciamento social, o mercado econômico tem apostado na queda dos juros para promover a retomada gradual do consumo, gerando um momento favorável para a busca por financiamentos.
Desde o ano passado o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, vem promovendo a diminuição do valor da Selic, a taxa básica de juros. O último corte a levou ao patamar de 2% ao ano, colocando o país entre aqueles com a maior taxa de juros real negativa.
Essa queda progressiva cria um cenário mais favorável para a busca por financiamentos imobiliários e tem sido seguida pela diminuição das taxas praticadas pelos bancos. Muitas construtoras também estão facilitando as negociações.
A Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem praticado taxas a partir de 6,5% ao ano + TR para clientes. Outras instituições têm oferecido valores que oscilam de 6,99% a 9,75% ao ano.
Desde o ano passado a Caixa também oferece uma modalidade de financiamento com contratos indexados a índices de preços, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A taxa de juro vai de 2,95% + IPCA a 4,95% + IPCA. O novo crédito também pode levar a parcelas mais baixas.
Segundo especialistas, pode ser uma opção vantajosa para quem consegue quitar o imóvel em um período curto.
Com a queda progressiva da Selic, no primeiro semestre de 2020 o total geral de crédito oferecido pelos bancos aumentou 4,2%, impulsionado principalmente por medidas do governo para responder à crise do novo coronavírus.
Apesar da pandemia, o mercado imobiliário mostrou movimento mais positivo do que negativo. Segundo o índice FipeZap, houve um aumento de 0,81% nos preços dos imóveis nos últimos 12 meses.
Especialistas apontam que, diante da insegurança gerada pelo COVID-19, muitos brasileiros têm escolhido trocar o aluguel pela casa própria. Com os juros em baixa, o financiamento se torna uma opção mais interessante mesmo em meio à crise.
Fonte: Folha de São Paulo